segunda-feira, 23 de março de 2015

>> A mais pura verdade

Eis que em um belo dia de fevereiro chegou com a minha correspondência este livro: A mais pura verdade, de Dan Gemeinhart. Na verdade, chegaram os seis primeiros capítulos dele. Siiiim, só seis capítulos.

Vou contar a história disso pra vocês: este livro está sendo lançado no Brasil hoje. HOJE! E a editora Novo Conceito, responsável pela distribuição dele por aqui, me enviou antes pra que eu pudesse ler e falar o que eu achei. Olha a responsabilidade? Maaaas o final mesmo eu vou ficar sabendo só junto com todo mundo, porque a vida é assim, haha. Vamos ao que interessa:

O que mais me impressionou neste livro é que ele já começa no clímax. Não tem apresentação de personagens, não tem ambientação, nada. Já na primeira página o menino Mark, de 12 anos, está fugindo de casa com seu fiel escudeiro, o cachorrinho Beau (a propósito, amei esse nome!). E tudo na história é assim: a narrativa é super fluida, a história acontece de forma bem rápida e as páginas passam com um piscar de olhos.

Mark mora na cidade de Weantchee, que fica a exatos 423km de seu sonho: o Monte Rainier, uma das maiores montanhas da América do Norte. Ele decidiu que iria escalar a montanha, e decidiu que faria isso sozinho. Há um motivo muito forte para que os pais dele fiquem preocupados - além de ele ter só 12 anos, claro - e coloquem a polícia à procura dele assim que percebem sua ausência. E eu não vou contar este motivo aqui, porque descobrir durante a leitura é uma experiência que não quero estragar. A busca por ele, no entanto, não será fácil porque Mark encontrou formas de despistar investigações.

Mark também tem uma intenção ao sair de casa carregando apenas um bolo de dinheiro, uma mochila com roupas, sua máquina fotográfica e remédios. Mas eu não quero acreditar/aceitar esses planos e vou precisar ir até o final do livro pra saber se minha desconfiança se confirma. =/

Outro ponto que gostei bastante no livro são as descrições: senti cheiro de comida mexicana quando Mark foi acordado por "anjos" que cantavam enquanto cozinhavam em um restaurante; e minha vontade de ter um cãozinho aumentava a cada demonstração de disciplina e amor de Beau. O diálogo com Shelby, menina de seis anos que faz amizade com ele dentro de um ônibus, também me tocou. A percepção e paixão que Mark tem em relação à fotografia é muito semelhante à minha:

Fotografia: levar um pedaço de vida consigo <3

E Mark faz haicais, como forma de memorizar o que precisa e também para se comunicar com sua melhor amiga, Jesse :)
Um dos meus poetas preferidos, Leminski, escreveu muito nesse formato curtinho:

viver é super difícil
o mais fundo         
           está sempre na superfície
                                                                        Paulo Leminski 


Minha visão até agora a respeito de A mais pura verdade é bem positiva. Dica: não leia a sinopse antes de começar, deixe para descobrir tudo no decorrer da história. Acredito que isso dê um sabor especial à leitura no caso deste livro.

Assim que terminar de ler eu volto aqui e conto se o desfecho foi como eu imagino que será. :)

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