quinta-feira, 19 de março de 2015

>> LaterBook - John Green

O Li no metrô está de voltaaaa!!! (sobe a musiquinha da vitória)

Depois desse hiato que pra mim parecia não ter fim (sim, eu senti saudade), volto pra inaugurar o #Laterbook! Isso porque 1) Ainda não tenho livro novo pra falar sobre (calma, tô acabando o próximo) e 2) Saiu o trailer do filme Cidades de Papel, do John Green!

Pergunta: O que é o #Laterbook?
Resposta: Basicamente, uma ~seção~ que inventei pra falar de livros que já li e gostei - ou não - enquanto não tiver livros novos pra comentar, ou quando estiver sem assunto. (Desculpe a sinceridade, mas é isso mesmo, haha).

Vou aproveitar esse #LaterBook pra falar de todos os livros de John Green que já li. Porque não há como negar que esse autor norte-americano é um fenômeno de público, e merece nossa atenção.

(Abre parênteses pra falar sobre o autor:
John Green é um autor bem jovem, tem só 37 anos e já vendeu milhões de livros, impulsionados pelo A culpa é das estrelas que virou best seller entre 2012 e 2013. Ele tem uma relação que de certa forma é bem próxima dos adolescentes - seu maior público -, porque se dá bem com as redes sociais e a tecnologia: todo dia aparece algo novo em algum dos perfis que ele mantém. Green tem desde 2007 um vlog - o Vlogbrothers - com o irmão Hank Green, e depois de fazer uma parceria com o Google em 2012 ele passou a usar o espaço pra falar também sobre Educação. Lá no canal é possível ver vídeos sobre história, biologia, ciência, etc, além dos livros dele, é claro! Ele tem mais de 3,8 milhões de seguidores no Twitter, e no Facebook a página oficial do John Green já foi curtida por mais de 2,7 milhões de pessoas. <o>
Fecha parênteses pra falar sobre o autor)

Qual livro dele você já leu? (responda lá nos comentários =])

Ainda não li "Deixe a neve cair", e... alguém viu o meu "A culpa é das estrelas"? Sumiu :(


Ia falar dos livros pela ordem de publicação, mas acho que falar primeiro de A culpa é das estrelas faz mais sentido. Bora lá:

1. A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars), 2012


Ganhei este livro no meu aniversário em agosto de 2013, e li em dois ou três dias, como dizem, "numa sentada". É o título que "revelou" John Green para o mundo, e acho que de forma muito merecida.

Hazel Grace e Augustus Waters se conhecem em um grupo de ajuda a pessoas com câncer, e unidos pelo interesse no livro Uma Aflição Imperial, eles acabam se apaixonando. A história é triste, mas incrivelmente linda. A narrativa é rápida, cheia de nuances. Tudo é contado de uma forma super sensível e o final (que, óbvio, não vou contar) foi construído de uma forma que me agrada muito.
Particularmente, não fiquei muito satisfeita com o filme. Achei que a narrativa perdeu um pouco da leveza que o livro oferece. Mas há momentos em que é impossível segurar uma lágrima no canto do olho, rs. A essência da história está ali e se você gostou do livro, vale a pena tirar uma hora e meia pra ver a versão na tela. Aliás, só aqui no Brasil, mais de 6 milhões de pessoas viram o filme nos cinemas. =O

Ah! A trilha sonora é linda <3 Dá o play aí pra ouvir enquanto lê sobre os outros livros:


2. O Teorema Katherine (An Abundance of Katherines), 2006

Gostei tanto do primeiro livro que fui atrás de mais do Green, e o primeiro que cruzou meu caminho foi esse: O Teorema Katherine conta a história de dois amigos - um deles, Colin Singleton, extremamente nerd - que saem viajando pelo interior dos EUA depois que Colin leva um fora de sua 18ª namorada chamada Katherine (sim, 18ª). Nessa viagem ele conhece novos amigos do interiorrr (com R puxado mesmo), arranja um "bico" e resolve criar um teorema pra entender e, talvez, conseguir prever quando o seu próximo namoro com uma Katherine vai acabar.

Ao contrário de A culpa é das estrelas, o Teorema Katherine tem uma narrativa mais lenta e que algumas vezes considerei cansativa. Mas o livro tem seus pontos positivos: 1) os diálogos mostram o sotaque dos amigos dele no interior e isso me divertia um bocado, 2) Colin tem uma mania incurável de criar anagramas com as palavras, e eu sempre ficava conferindo se o anagrama estava certo (e me perguntando o trabalho que aquilo deu pro tradutor), e 3) o "teorema" tem fórmulas que fazem algum sentido pra quem entende matemática (convidaram um matemático amigo pra fazê-las) e se você quiser, pode se aventurar tentando entender a lógica dos gráficos (eu tentei mas não tive muito sucesso, rs). De um modo geral, foram poucos os pontos que realmente gostei no livro enquanto estava lendo, mas quando terminei de ler senti falta, rs.

3) Quem é você, Alasca? (Looking for Alasca), 2005

Este é um queridinho de muita gente - e meu também. É um livro bem adolescente, mas como eu gosto de ler todo e qualquer tipo de livro, não abro mão das narrativas mamão com açúcar. Pelo contrário, adoro, rs.

Alasca é uma menina de 16 anos, super popular no colégio interno onde estuda (olha eu respondendo ao título do livro). Ela é responsável por gerar os mais diversos questionamentos na cabeça de Miles Halter, que é fascinado por "últimas palavras" das pessoas e quis estudar no colégio interno em busca do que o poeta François Rabelais chamou de o 'Grande Talvez' quando estava à beira da morte. O enredo não me conquistou tanto, mas gostei muito da construção dos personagens. O desfecho é interessante, mas o final do livro em si não é dos mais inesquecíveis. O ponto forte da obra, pra mim, é a filosofia em torno do "Grande Talvez" que o personagem principal persegue: tudo foi elaborado de forma bem sutil e sensível, e me agradou bastante. Este é o primeiro livro de John Green e rendeu a ele o prêmio Michael L. Printz de 2006, da American Library Association. Parece que vem filme por aí; vamos esperar, né?

4. Will e Will: Um nome, Um Destino (Will Grayson, Will Grayson), 2010


Eu não AGUENTOOO quando colocam uma frase na frente de um título que, no idioma original, tinha apenas o nome de um ou mais personagens. Feito o desabafo, vamos ao livro: Will² conta a história de dois garotos, ambos chamados Will Grayson, que se conhecem por acaso em uma noite atípica da vida de ambos. Enquanto um deles se preocupa em como contar para a mãe que é homossexual, outro é amigo de um figura chamado Tiny Cooper, que quer fazer na escola um musical com o nome dele próprio.

O livro trata de uma temática necessária e útil para adolescentes que enfrentam os mesmos dilemas que os personagens da história, mas não me cativou em nenhum aspecto além deste. Os Wills se "alternam" em cada capítulo, narrando os acontecimentos e seus sentimentos em primeira pessoa, e isso me parece bem interessante no início. Mas a narrativa se torna um pouco vazia com o passar das páginas. Acho que a história não se costura de forma a ficar consistente, e o final deixa a impressão de que eram necessários mais alguns capítulos. Este livro é assinado em conjunto com David Levithan, e é possível perceber certa diferença dos outros que têm um estilo exclusivo de John Green.

5. Cidades de Papel (Paper Towns), 2008

Deixei Cidades de Papel para o fim por dois motivos: 1) o trailer do filme, que deve ser lançado ainda este semestre, saiu hoje e achei lindo. 2) melhor livro que li de John Green!

O livro conta a história de Quentin Jacobsen, um adolescente que é platonicamente apaixonado por Margo, sua vizinha (quem nunca, né?). A garota, que estuda na mesma escola que ele, adora mistérios e, em um belo dia, se transforma em um que Quentin terá que resolver. Isso porque ela o convida para fazer uma vingança contra o ex-namorado, que a traiu, e depois disso simplesmente desaparece.

Em um domingo eu me sentei para começar a ler este livro às 10h da manhã e não parei até terminá-lo, lá pelas 19h. Cidades de Papel tem uma narrativa em que os olhos praticamente escorregam pelas palavras, o mistério da história faz querer chegar logo ao fim e, em certo momento, não dá mais pra parar de ler. Foi esta a minha experiência insana com o livro, e eu tenho muita vontade de ler de novo. Quentin Jacobsen fala que "todo mundo tem seu milagre", e além de querer acompanhá-lo na busca pelo milagre dele - a Margo - é impossível a gente não parar pra pensar e refletir sobre o milagre dela, e claro, o meu próprio milagre.

Tô bem curiosa pra ver o filme. Acho que a história deve ficar ótima adaptada para o cinema, se conseguirem manter a atmosfera de mistério e ação do livro. Gostei bastante do trailer, mas ó: este é daqueles livros que não dá pra esperar pelo filme. Tem que ler antes!


P.S.1: Todos os livros do John Green têm uma linguagem simples e fácil (com algumas gírias, mas nada complexo demais). E é relativamente fácil encontrar os originais, em inglês, sendo vendidos por aqui no Brasil. Pra quem tá aprendendo a língua, é uma boa pra treinar.

P.S.2: "Aaahh mas você não leu 'Deixe a neve cair'". Li não, mas é assim ó: o livro não é só dele, então a "obra" de John Green tá aí. E quando eu conseguir lê-lo, claro, vou falar aqui. ;)

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